1. Não informar dados pessoais importantes
Não acrescentar telefone para recado ou e-mail corretamente, às vezes, pode ser o que irá te tirar da concorrência logo de cara. Algumas pessoas se esquecem de incluir essas informações a mais, restringindo o contato a apenas uma opção.
Parece óbvio, mas ainda existem profissionais que não percebem isso. Então, vale reforçar: esses detalhes são valiosos para que o recrutador consiga falar com você e te convide para as próximas etapas.
Por isso, é fundamental mencionar os seus dados diretos, mas, também, um “extra” para assegurar que não haverá dificuldade em repassar detalhes de uma entrevista ou dinâmica para você.
Outro ponto que pode ser incluído aqui é o link do perfil no LinkedIn, uma vez que o recrutador pode mandar mensagem por lá. Quanto mais opções para ser acionado você disponibilizar, melhor será para se certificar que conseguirão contato.
Depois de finalizar essa parte, releia, teste o e-mail e o telefone e peça para outra pessoa fazer o mesmo. Com isso, irá confirmar que tudo está apresentado corretamente, sem erros de digitação!
2. Informar dados pessoais desnecessários
Ao contrário do item anterior, dessa vez, a orientação é tomar cuidado com as informações que não são necessárias para o currículo, a não ser que exigidas no anúncio da vaga.
Isso acontece, por exemplo, com foto e números de documentos pessoais. No segundo caso, mencioná-los pode até ser perigoso. Afinal, você não tem controle de por quantas pessoas o seu currículo passará até chegar ao recrutador e não sabe a índole de cada uma delas!
Para evitar o risco, o melhor caminho é, simplesmente, não descrevê-los já que se tratam de informações totalmente dispensáveis. Lembrando: a não ser que sejam solicitadas pela empresa na divulgação da vaga.
3. Descrever um objetivo marketeiro
Esse é um dos erros mais comuns no currículo! Eu mesmo, ao realizar processos seletivos, canso de ler objetivos assim: “Quero entrar nessa empresa para construir uma carreira de sucesso, contribuindo com resultados significativos”.
Entenda de uma vez por todas: isso não é um objetivo. Isso é uma obviedade! Se coloque no papel do recrutador. Concorda que qualquer pessoa que for contratar, você espera que entre com esse tipo de postura? Ou seja, descrever um objetivo assim não agrega no currículo.
Na realidade, essa parte do documento serve para demonstrar a vaga na qual deseja se candidatar. Lembre-se: o profissional responsável pela seleção, às vezes, está conduzindo dez processos seletivos ao mesmo tempo, recebendo todos os currículos no mesmo e-mail.
Ele precisa olhar o documento e conseguir identificar rapidamente para qual vaga você está se candidatando. Então, o objetivo só tem que ter o nome da vaga e, no máximo, a área de atuação.
Como exemplo, o que pode constar é “Assistente financeiro” ou “Contador – Área financeira”. É isso que, realmente, importa ao escrever um objetivo. E não essas obviedades que muita gente inclui, transmitindo até um discurso vazio.
4. Não descrever um objetivo
Ainda levando em consideração esse detalhe, outro erro comum é, simplesmente, não mencionar um objetivo. Algumas pessoas esquecem e não informam!
E, como falei acima, se você não facilitar, o recrutador vai ter que pegar o currículo e ler inteiro para entender a qual vaga está se candidatando. Alguns profissionais podem ter paciência, enquanto outros não terão tempo!
Em um processo seletivo, o profissional de Recursos Humanos pode ter em mãos de 500 a 1.000 currículos. Se ficar lendo tudo e de todo mundo, a fase de triagem não terá fim.
Sendo assim, o currículo tem que ter uma estrutura certa: para que se bata o olho e consiga identificar as informações necessárias. Uma delas, obviamente, é o objetivo. Sem esse detalhe claro, isso será um problema!
5. Não detalhar atribuições e responsabilidades
Seguindo com os erros mais comuns no currículo, esse é para quem só descreve o período trabalhado, o nome da empresa e o cargo, sem dar espaço para as responsabilidades daquela função específica.
Assim, fica impossível para o recrutador entender qual é o nível de experiência e o quão aderente você é à vaga. Se não for possível analisar isso rapidamente, corre-se o risco de ser eliminado pelo fato do profissional da seleção considerar que não se tem as características necessárias.
Por isso, dedique um tempo para apresentar, nas experiências profissionais, as suas atribuições. Lembre-se que as responsabilidades de um cargo variam muito dependendo da empresa, do tamanho do negócio e da área de atuação.
Mencione, então, de quatro a seis tópicos, pelo menos, para cada experiência, informando o que fazia na prática e como eram as tarefas. Garanta que o profissional de Recursos Humanos irá, facilmente, saber que você já tem o que se espera para a vaga em questão.
6. Não informar o nível de conhecimento com idiomas
Muito mais importante do que escrever o nome do curso de idioma é apresentar o nível de habilidade. Como cada formação tem uma denominação diferente, às vezes, essas palavras não refletem o real nível de proficiência.
Sendo assim, esse item no currículo tem que estar descrito de uma forma bem simples. Apresente idioma e nível de habilidade, entre básico, intermediário, avançado e fluente.
Um problema ao qual você deve estar atento é há quanto tempo não tem contato com o idioma. É possível que a sua real habilidade seja básica e não mais intermediária, como talvez teria descrito no currículo anos atrás.
7. Listar todos os cursos feitos
Se você é do tipo de pessoa que inclui todos os cursos de curta duração realizados, um dos erros mais comuns no currículo faz parte da sua rotina!
Além de ocupar um enorme espaço no documento, que precisa ser objetivo, você pode citar formações sem relação com a oportunidade desejada. Isso pode ser prejudicial. Ao descrever cursos, atente-se aos que tenham a ver com a vaga em questão.
O recrutador pode estranhar ao notar um curso de gastronomia no currículo para uma oportunidade na área de engenharia. Evite transmitir a sensação de que, a qualquer momento, poderá largar aquele emprego para seguir outra carreira!
8. Não formatar adequadamente as seções do currículo
O ponto agora é ter a devida atenção com a formatação, certificando-se que as informações estão organizadas da maneira adequada.
Separe as diferentes seções garantindo que será fácil para o recrutador encontrar e entender cada parte do documento. Por mais que isso pareça preciosismo, um currículo bem elaborado tem sempre muito mais resultado.
Eu sei que algumas pessoas pensam que o recrutador não quer trabalhar e tem a obrigação de ler o arquivo todo, mas não é assim que funciona. Como já mencionado em um item anterior, às vezes, o profissional de Recursos Humanos vai precisar fazer a triagem de 1.000 candidatos de uma vez.
Então, quanto mais ajudá-lo a encontrar o que procura, melhor será a percepção do seu perfil, facilitando o processo de avaliação. Pode ter certeza: ele terá uma sensação boa e vai começar a construir uma relação satisfatória com você desde a primeira impressão!
9. Ter um currículo muito grande e detalhado
Um dos erros mais comuns no currículo, geralmente, envolve as pessoas com mais experiência, como gerentes, coordenadores e supervisores, que têm mais de 10 anos de carreira e gostam de detalhar todo o histórico profissional. Isso faz com que o documento fique com cinco páginas, por exemplo.
Eu mesmo já cansei de receber currículos entre cinco e dez páginas, o que é um absurdo. Não tem como um recrutador processar isso de forma rápida!
Ao invés de ter apego e se sentir na obrigação de descrever tudo, é importante lembrar que esse arquivo precisa ser objetivo e todas as informações devem caber dentro de, no máximo, duas páginas.
As informações mais relevantes estão nos últimos cinco ou dez anos. É nesse período em que está localizada a experiência que mais será valiosa e contará para a análise do seu perfil.
Para alcançar isso, não tem problema resumir as experiências com mais de 10 anos, por exemplo. Pensa que se você está se candidatando a uma vaga de gerente não tem necessidade apresentar o que realizou enquanto estagiário ou assistente. Não faz sentido!
10. Escrever um currículo muito resumido
Exatamente ao contrário da abordagem anterior, um dos erros mais comuns no currículo acontece porque alguns profissionais têm a ideia de que o documento deve ser objetivo ao extremo, alcançando o limite de uma página. Isso faz com que se resuma excessivamente as informações!
É importante ter em mente que o arquivo precisa ser trabalho com muito equilíbrio. Ainda que não possa extrapolar duas páginas, é preciso, dentro desse espaço, transmitir os detalhes adequados.
Isso quer dizer que se você focar em resumir tudo, não apresentará os pontos necessários e irá agir contra si mesmo. Afinal, o recrutador não terá condições de entender o seu real potencial, podendo te eliminar.
Fonte: https://www.catho.com.br/